sexta-feira, 28 de março de 2025

Zonas Azuis: A Fraude Milionária que Rouba Sua Saúde!

 Desmascarando as Zonas Azuis: A Fraude Milionária que Rouba Sua Saúde!


Descobertas sobre dados falsos das Blue Zones

O Dr. Saul Newman, pesquisador da University College London e do Oxford Institute of Population Ageing, ganhou notoriedade ao questionar a validade das chamadas "Blue Zones" — regiões como Okinawa (Japão), Sardenha (Itália), Nicoya (Costa Rica), Icária (Grécia) e Loma Linda (Califórnia), supostamente conhecidas por terem uma alta concentração de pessoas vivendo além dos 100 anos. 


Sua pesquisa, que lhe rendeu o Prêmio Ig Nobel de Demografia em 2024, sugere que a longevidade excepcional nessas áreas não é resultado de fatores como dieta saudável ou estilo de vida, mas sim de erros administrativos, fraudes em registros de pensão e falta de documentação confiável.


Newman descobriu que:

Falta de certificados de nascimento: Em muitas dessas regiões, especialmente em áreas mais pobres ou remotas, a maioria dos supostos supercentenários (pessoas com mais de 110 anos) não possui certificados de nascimento válidos. 

Nos EUA, por exemplo, ele constatou que quase nenhum supercentenário tinha esse documento, e a introdução de registros oficiais de nascimento reduziu drasticamente (em 69-82%) o número de casos reportados.

Fraude em pensões:  Há uma correlação entre altas taxas de pobreza e o número elevado de centenários, sugerindo que pessoas ou famílias falsificam idades para continuar recebendo benefícios. Em Okinawa, uma revisão do governo japonês em 2010 revelou que 82% dos centenários registrados estavam mortos, mas não haviam sido reportados como tal. Na Grécia, após uma auditoria em 2015, 72% dos centenários "desapareceram" dos registros de pensão.

Erros clericais: Newman observou padrões suspeitos, como datas de nascimento concentradas em dias divisíveis por cinco, indicando erros ou manipulações nos registros.

Contradições com a realidade local: Em Okinawa, por exemplo, apesar de ser promovida como uma "Blue Zone" com dieta exemplar, dados do governo japonês mostram que os habitantes consomem menos vegetais e têm o maior índice de massa corporal (IMC) do Japão, além de indicadores de saúde piores que a média nacional.

Ele conclui que as "Blue Zones" são mais um mito sustentado por dados "hilariantemente falhos" do que por evidências científicas sólidas, desafiando a narrativa popularizada por Dan Buettner, que associa longevidade a fatores como dieta à base de plantas e conexões sociais.


Venda do selo de Blue Zones

Sobre a comercialização do conceito, Newman também critica o que chama de "grift" (esquema) das "Blue Zones". Dan Buettner, o criador do termo e fundador da Blue Zones LLC, transformou a ideia em um empreendimento lucrativo. 

Segundo Newman, cidades e comunidades pagam milhões de dólares para receber a certificação de "Blue Zone", que supostamente as qualifica como locais de longevidade excepcional e atrai turismo e investimentos. Ele menciona estimativas de que esses "selos" custam entre 3 e 40 milhões de dólares por cidade, conforme reportado pelo New York Times.

Newman argumenta que essa monetização explora a falta de rigor científico, vendendo uma ilusão de saúde e longevidade baseada em dados questionáveis. Ele destaca que o critério para ser uma "Blue Zone" mudou ao longo do tempo, sendo ajustado para incluir lugares como Singapura, que não se encaixam na definição original de alta concentração de centenários, mas que ajudam a sustentar o negócio.


Conclusão

As descobertas de Newman sugerem que as "Blue Zones" são mais um produto de falhas administrativas e interesses econômicos do que um modelo real de longevidade. Ele defende que conselhos de saúde baseados nessas regiões são infundados e que as verdadeiras chaves para uma vida longa e saudável — como não fumar, evitar excessos e fazer exercícios — já são bem conhecidas, sem necessidade de mitos ou selos caros.

COBERTURA NAS MIDIAS EM GERAL

The Independent (Reino Unido) - Em outubro e novembro de 2024, publicou artigos detalhados sobre como Newman desmascarou as "Blue Zones" com dados "hilariantemente falhos", destacando fraudes em registros e a desconexão entre as alegações de estilo de vida e a realidade.

New York Magazine - Abordou a pesquisa de Newman em um contexto mais amplo sobre longevidade, mencionando como ele questionou narrativas populares com evidências de erros administrativos e fraudes.

The Sydney Morning Herald (Austrália) - Em 2021, já havia dado espaço às ideias de Newman, e após o Ig Nobel, voltou a destacar sua teoria de que as "Blue Zones" são "bunkum" (absurdo), com foco em fraudes e má interpretação de dados.

The Conversation - Newman escreveu diretamente para esta plataforma acadêmica, detalhando como 82% dos centenários no Japão estavam mortos e como isso reflete falhas nos registros das "Blue Zones".

Daily Mail (Reino Unido) - Em fevereiro de 2024, antes do Ig Nobel, publicou uma matéria exclusiva com Newman, chamando as "Blue Zones" de "nonsense" e apontando discrepâncias como a obesidade em Okinawa.

The Standard (Reino Unido) - Em setembro de 2024, cobriu o Ig Nobel com um tom humorístico, sugerindo que o segredo da longevidade pode ser "abandonar os vegetais e cometer fraude de pensão".

Al Jazeera (Catar) - Em setembro de 2024, destacou Newman como um "caçador de mitos" na demografia, explorando como ele desafia a obsessão global por longevidade.

Blaze Media (EUA) - Em outubro de 2024, criticou o império de Dan Buettner, chamando as "Blue Zones" de um "golpe de bem-estar" e elogiando Newman por expor inconsistências estatísticas.

Medical Republic (Austrália) - Em setembro de 2024, cobriu o Ig Nobel de Newman, enfatizando sua "investigação detetivesca" sobre fraudes em Okinawa e Sardenha.

Mídias Digitais e Podcasts

IFLScience - Em setembro de 2024, reportou como Newman "deu um golpe significativo" na ideia das "Blue Zones", com foco em erros clericais e fraudes de pensão.

All That’s Interesting - Em setembro de 2024, publicou sobre como Newman encontrou "erros clericais e fraudes" por trás das alegações de longevidade.

DeepCast (Podcast) - Em outubro de 2024, entrevistou Newman no episódio "The Blue Zones Are A Scam", onde ele detalhou a falsificação de dados e a venda de certificados por milhões de dólares.

YouTube (Dr Karan Explores) - Em outubro de 2024, lançou um vídeo com Newman revelando "a maior corrupção na pesquisa de longevidade", alcançando um público amplo.

RNZ (Radio New Zealand) - Ainda em 2019, cobriu as primeiras críticas de Newman às "Blue Zones", e o tema voltou a ecoar após o prêmio.

Revistas científicas e acadêmicas: Embora o paper de Newman no bioRxiv (março de 2024) ainda não tenha sido revisado por pares, ele foi citado em discussões acadêmicas e mencionado em sites como UCL News e Oxford Institute of Population Ageing. A falta de publicação em revista revisada foi usada por críticos como Buettner para questionar sua credibilidade, mas não impediu a repercussão midiática.

Expresso (Portugal) - Conforme mencionado em posts recentes no X, a revista entrevistou Newman em março de 2025, destacando-o como um "investigador demolidor" das "zonas azuis".

MDLinx - Em outubro de 2024, explorou a controvérsia, notando o contra-ataque da equipe de Buettner, que chamou as alegações de Newman de "não sérias".


terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A Fiocruz e o sigilo secreto de 15 anos para a vacina Oxford/Astrazeneca

 A Fiocruz e o  sigilo secreto de 15 anos  para a  vacina Oxford/Astrazeneca

Uma das coisas mais imorais nesta pandemia é também uma das menos conhecidas: a Fiocruz, fundação secular outrora respeitada por cientistas honestos, determinou que trechos de seus contratos com a AstraZeneca sejam mantidos em sigilo por 15 anos. 


É isso mesmo: o conteúdo completo do acordo entre a Fundação Oswaldo Cruz e a mega farmacêutica AstraZeneca vai ficar escondido do público até 2036, segundo reportagem da CNN Brasil. Mas existe um detalhe ainda mais funesto e preocupante: a fundação quer que todos esses documentos sejam armazenados numa única área, construída especificamente para isso...


Isso significa que os termos do acordo só serão conhecidos, no mínimo, no ano de 2036. A Fiotec é uma fundação privada, sem fins lucrativos, que tem contratos para serviços logísticos, financeiros e administrativos em projetos com a Fiocruz — a empresa participou, por exemplo, do fretamento de uma aeronave para a Índia, em janeiro deste ano, para a busca de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford.


A vacina da AstraZeneca –esta mesma cujo contrato com a Fiocruz está sob sigilo– foi suspensa em pelo menos 18 países. Aqui, um artigo da CNN de março de 2021 diz que a AstraZeneca foi suspensa na Dinamarca, Islândia e Noruega enquanto a União Europeia “investiga casos de coágulos sanguíneos” pós-vacina. A BBC conta no mesmo mês que a Alemanha e a França também suspenderam a mesma vacina. 

Segundo o jornal inglês The Guardian em abril de 2021, a agência reguladora da União Europeia acabou confirmando que “encontrou um possível link entre a vacina AstraZeneca e relatos de casos raros de coágulos...




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