sexta-feira, 12 de março de 2021

Refutando Mentiras da INQUISICAO

 Refutando Mentiras da INQUISICAO


Este é um curto vídeo documentário em que seu autor, em apenas 13 minutos, refuta a maior parte de falácias a respeito da Inquisição. Parece que ele foi produzido por um canal chamado Santa Igreja.

A Inquisição foi instituída para combater a heresia Cátara, uma gnose que defendia a tese de que a mulher, por permitir a perpetuação da humanidade, através da geração, era um ser nocivo. Os cátaros eram contra a procriação e contra o matrimônio, considerando possessas as mulheres grávidas. Defendiam também o suicídio por inanição.



A vitória do Catarismo, que estava se alastrando pela Europa, seria a extinção da civilização ocidental, com toda certeza, visão compartilhada até por historiadores protestantes, como o americano Lea, que considera que a Igreja, combatendo os cátaros, salvou a humanidade.

Foi a Igreja Católica a primeira a não aceitar a confissão sob tortura como prova de culpa, que era o método normalmente aplicado, infelizmente, por todos os países, por todas as polícias, e permitido por todos os códigos legais, até o século passado.

Na Inquisição, ao contrário do que se fazia em todas as partes, a tortura só podia ser aplicada uma vez, sem derramamento de sangue e só com a aprovação do bispo e com a assistência de um médico. Os papas sempre preveniram os inquisidores de que eles eram pastores e não torturadores nem carrascos.

Nas prisões de todos os países, toda pena capital era precedida de torturas punitivas. Por isso, os acusados preferiam ser julgados pela Inquisição, onde o tratamento era sempre muito menos cruel.
Na Inquisição visava-se a conversão e não a punição do acusado. Por isso, este era o único tribunal do mundo que começava dando um prazo de perdão: quem se acusasse de ter agido contra a Fé dentro de um prazo de 15 a 30 dias estava perdoado. O acusado, em qualquer fase do processo, pedindo perdão, estava perdoado.

O livro do Professor João Bernardino Gonzaga, A Inquisição em Seu Mundo, menciona muitas outras situações que mostram como a Inquisição era misericordiosa em relação aos outros tribunais da época, e como ela foi caluniada. Por exemplo, o condenado à prisão podia sair para cuidar dos pais ou parentes doentes. Permitia-se mesmo ao condenado tirar férias da prisão em que estava, gozando de um período de liberdade.

Além disso, a Inquisição da Igreja só julgava quem fosse católico e tivesse traído a Fé.

Há textos de historiadores judeus que confirmam isso. George Sokolsky, editor judeu de Nova York, em artigo intitulado “Nós Judeus“, escreveu: “A tarefa da Inquisição não era perseguir judeus, mas limpar a Igreja de todo traço de heresia ou qualquer coisa não ortodoxa. A Inquisição não estava preocupada com os infiéis fora da Santa Igreja, mas com aqueles heréticos que estavam dentro dela.” (Nova York, 1935, pg. 53).



O Dr. Cecil Roth, especialista inglês em História do Judaísmo, declarou num Fórum sionista em Buffalo, (USA): “Apenas em Roma existe uma colonia de judeus que continuou a sua existência desde bem antes da era cristã, isto porque, de todas as dinastias da Europa, o Papado não apenas recusou-se a perseguir os judeus de Roma e da Itália, mas também durante todos os períodos, os Papas sempre foram protetores dos judeus. (…) 

A verdade é que os Papas e a Igreja Católica, desde os primeiros tempos da Santa Igreja, nunca foram responsáveis por perseguições físicas aos judeus, e entre todas as capitais do mundo, Roma é o único lugar isento de ter sido cenário para a tragédia judaica. E, por isso, nós judeus, deveríamos ter gratidão.” (25 de fevereiro de 1927).

FONTES

CAMMILIERI, Rino. La Vera Storia dell´Inquisizione, Piemme, Casale Monferrato, 2001;
ROQUEBERT, Michel de. Histoire de Cathares, Hérésie, Croisade, Inquisition du XI au XIV siècle, Perrin, Paris, 199;
GONZAGA, João Bernardino. A Inquisição em Seu Mundo, Saraiva;
Manual do Inquisidor escrito por Bernard Guy;
La Vera Storia dell´Inquisizione;
GUIRAUD, Jean. Histoire de l´ Inquisition au Moyen Âge, Ed Auguste Picard, Paris, 2 volumes, 1935.


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