quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Os raios matam mais pessoas do que furacões ou tornados

Nesses primeiros dias de janeiro, 11 pessoas morreram atingidas por raios no Brasil. Segundo um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais revelado na quarta-feira pelo JN, seis delas estavam na praia.

"Na água, é pior ainda, mas mesmo na areia está correndo risco. Então, novamente, você deve evitar de ficar na areia e buscar abrigo numa casa ou num automóvel fechado", orientou Osmar Pinto Jr., pesquisador do Inpe.

Em todo o Brasil, o número de vítimas já supera o do mesmo período de 2008, ano que registrou o maior número de mortes por raio no país: 75 pessoas.

"Provavelmente, nós vamos ter um período de raios mais longo, o que deve representar mais raios, mais mortes, mais prejuízos "
Cientistas do Inpe afirmam que a temporada de maior incidência de raios, que geralmente termina em março, vai se prolongar até abril. E isso vai acontecer por causa do fenômeno La Niña. Ele provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Com a temperatura mais baixa, a formação de nuvens diminui, o que influencia toda a circulação de ar no continente.

Segundo os especialistas, o fenômeno vai intensificar as tempestades e a incidência de raios nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
O que é o raio?
Os raios são descargas elétricas que, segundo o (Inpe), matam cerca de 200 pessoas e trazem prejuízos de US$ 200 milhões a cada ano. Todos os dias alguém é atingido por um raio.
Por exemplo, a maior incidência de raios está na Região Amazônica, seguida pelas Regiões Centro Oeste e Sudeste. Os principais motivos seriam a umidade e o calor da Amazônia, e as cadeias de montanhas do Sudeste, devido às movimentações de frentes de ar. Em São José dos Campos registraram-se cerca de 2.000 raios no período de 1º a 10 de fevereiro de 1999 naquela região, quando o normal é pouco mais de 1.000. No Rio de Janeiro, de 1º a 15 de fevereiro de 1999, caíram entre 3.000 e 4.000 raios, sendo que a média em outros anos, foi de 1.000 a 1.500 raios.

Os raios podem ter ainda polaridade positiva ou negativa. Os raios positivos, formados no topo das nuvens, são normalmente mais destrutivos porque a corrente contínua dura mais tempo e carrega mais energia. Os raios mais comuns (inclusive em outros países) são os de polaridade negativa, que se formam na base das nuvens. No verão, tempestades com até 60% dos raios com carga elétrica positiva atingem o Sudeste. Os raios negativos de grande multiplicidade, isto é, formados por várias descargas em um intervalo de tempo muito curto, também são considerados muito perigosos.
Afinal, de onde vêm os raios?
Quem não fica impressionado (e apavorado) com o espetáculo de luzes que os raios causam toda vez que uma tempestade cai? Apesar dos antigos gregos acreditarem que um poderoso deus chamado Zeus era responsável por sua criação,os raios são formados dentro de um tipo de nuvem chamado Cumulonimbus, que se diferencia das outras por ser verticalmente mais extensa.
O Brasil é campeão mundial na ocorrência de raios, cerca de 100 milhões deles atingem todo ano o País.

Eles são fortes descargas de eletricidade que acontecem entre as nuvens e o solo, acompanhadas de relâmpagos e trovões. Se um bicho ou uma pessoa for atingido, leva um enorme choque. Pelo menos 200 brasileiros perdem a vida em conseqüência do fenômeno.
Os raios aparecem em nuvens que se formam nos dias de muita umidade e calor. Por isso são mais comuns no verão.Tudo começa quando o ar quente e úmido próximo do solo, que é mais leve, sobe em direção à nuvem. A medida que ele vai subindo, vai esfriando, até chegar no topo da nuvem, a uma temperatura de 30 graus negativos.
Lá faz muito frio e o vapor dessas nuvens se transforma em gotinhas d'água,que congelam, formando granizo. Com o vento das tempestades, o granizo se move e surgem cargas elétricas positivas e negativas, que se dividem. Quando elas se encontram, acontece um choque, que é o raio.

Na Terra geralmente as cargas elétricas se acumulam nas pontas de objetos altos, como árvores e prédios. Embora assustadores, eles são importantes para a vida na Terra, porque fazem uma faxina na atmosfera, atraindo a poeira que fica no ar.
Além disso, produzem substâncias químicas que, levadas pela chuva, deixam a terra mais fértil.
Pára-Raios
A falta de pára-raios em épocas de temporais pode representar sérios prejuízos, pois a descarga elétrica de um raio sobre uma antena (televisão, rádio) ou sobre um poste de energia elétrica, causa a queima de equipamentos domésticos (eletrodomésticos, computadores, etc).
O raio representa também graves riscos para as pessoas, principalmente aquelas surpreendidas debaixo de árvores ou em áreas descampadas, ou ainda, que estejam trabalhando próximo a estruturas metálicas.
Por ano, quase mil pessoas são vítimas de raios em todo o pais - não há uma estatística precisa. A maioria sobrevive, porque são atingidas indiretamente, por uma faísca lateral ou porque estão próximas ou encostadas no ponto que sofreu o choque direto.
O sistema de pára-raios é projetado para ser o melhor caminho para conduzir as cargas elétricas indesejáveis para a terra, pelo sistema de aterramento, por isso um sistema instalado em uma chaminé não é o mesmo indicado para um edifício e o do edifício indicado para uma indústria térrea de grandes proporções ou parques, quadras e outros. "Cada caso é próprio e deve ser discutido com um projetista capacitado para tal fim sempre no início dos estudos do projeto, visando a segurança e a estética final da edificação".
O aterramento talvez seja a parte mais importante do pára-raios, pois cabe a ele a dissipação imediata da energia não solicitada a terra, seu dimensionamento é efetuado por meio de medições e cálculos e é o principal responsável pelos danos que normalmente acontecem, por isso a norma NBR5419 exige sua vistoria e medição periódica.
Para verificar se a edificação onde trabalha, pratica esporte / lazer, estuda, faz compras, prédios, apartamentos ou cabinas de transformadores está dentro dos padrões normais mínimos exigidos, é importante solicitar do responsável pela segurança a apresentação do Laudo Técnico e Art da empresa vistoriada.
Verdades sobre os Raios
Os raios matam mais pessoas do que furacões ou tornados, segundo a Agência Americana para Desastres (FEMA). Neste mesmo instante, existem cerca de 2.000 tempestades acontecendo em volta da Terra. A maioria dos temporais possui raios, ventos fortes e outros perigos, como o granizo, por exemplo. As pedras de granizo podem atingir o tamanho de uma bolinha de gude, outras podem alcançar o tamanho de uma bola de golfe ou beisebol. Já houve relatos de pedras de granizo do tamanho de uma laranja.

Um raio pode atingir o mesmo lugar ou mesma pessoa duas vezes?

Ray Sullivan, um guarda nacional de parques dos Estados Unidos foi atingido sete vezes. Ele foi derrubado e lançado ao ar, perdeu seus dois sapatos, uma unha do pé e não pôde mais ouvir como antes. Mas sua sorte o fez permanecer vivo.

2 comentários:

Gabriel Lorenzato disse...

E aê, blz? Você lembra daquele funmcionário do São Paulo Futebol Clube que foi atingido por um raio e sobreviveu sem sequelas? Sinistro hein?

Eu não tenho mais o BLOGSPOT, então, se quiser entrar no meu blog e comentar, vai por esse novo, do WORD PRESS (foi exportado):

[ http://gazato.wordpress.com/ ]

Flws, abraço!

Arthurius Maximus disse...

Seu artigo é muito importante porque é instrutivo. E a ignorância é a maior causa de mortes por raios em nosso país.